Erdogan sobre possível guerra com Israel: Turquia combaterá o mal

Durante coletiva, presidente turco condenou o regime de Netanyahu, apelou por ação das potências globais e reforçou, na cúpula da OTAN, a importância do diálogo para resolver os conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, reafirmou nesta quinta-feira (25) que seu país prioriza a paz e não tem interesse em se envolver em conflitos militares. No entanto, ressaltou que, se for necessário, estará disposto a defender os interesses da comunidade islâmica, especialmente na Faixa de Gaza, classificando como "insuportável" a conduta de Israel na região.

"Seguiremos nos posicionando contra a opressão, contra o mal e contra o comportamento insuportável de Israel", declarou Erdogan, durante uma coletiva de imprensa transmitida pelo canal estatal TRT Haber.

Crise humanitária na faixa de Gaza

O presidente turco destacou que, devido ao bloqueio imposto por Israel, a população de Gaza está há meses sem acesso à ajuda humanitária e que nem mesmo a Cruz Vermelha tem conseguido prestar assistência aos civis.

Diante desse cenário, Erdogan fez um apelo direto às nações consideradas potências globais, pedindo uma postura mais firme contra o bloqueio israelense. "Dizemos aos países poderosos: enfrentem Israel e garantam que os portões sejam abertos para a ajuda humanitária. Nem mesmo a Cruz Vermelha tem autorização para atuar. Se pudesse, seria possível fornecer assistência", afirmou.

Cúpula da OTAN em Haia

No dia anterior, 24 de junho, Erdogan e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reuniram durante a cúpula da OTAN, em Haia, Holanda.

Segundo comunicado do gabinete turco, o encontro abordou a situação no Oriente Médio e o conflito na Ucrânia, com destaque para a crise humanitária na Faixa de Gaza e os esforços diplomáticos voltados para a resolução da guerra em território ucraniano.

Na ocasião, Erdogan reforçou que o diálogo é essencial para superar esses desafios.