
OTAN concorda em aumentar gastos com defesa para 5% do PIB

Os 32 países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) concordaram nesta quarta-feira (25), na cúpula da aliança em Haia, Países Baixos, em aumentar os gastos com defesa para 5% do PIB de cada país.

Desta forma, a OTAN passará a cumprir a exigência repetidamente expressa pelo presidente dos EUA, Donald Trump, desde sua chegada à Casa Branca, de que todos os membros da Aliança aumentem substancialmente suas contribuições para segurança e defesa.
A declaração final inclui esta meta de gastos, embora também conte com uma brecha que permite que o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, a interprete de forma a contemplar uma exceção acordada com o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte.
O primeiro-ministro espanhol argumenta que pode atingir os objetivos da OTAN gastando apenas 2,1% do PIB, mas Rutte se mostrou cético em relação a tal cifra, prevendo que o país ibérico acabará tendo que dedicar 3,5%, como o restante dos aliados. O plano de Rutte inclui esses 3,5% para gastos puros com defesa, enquanto que mais 1,5% deverão ser dedicados a gastos relacionados com a intenção de fazer com que os 5% exigidos por Trump apareçam no papel.
Cisma na OTAN?
A discordância da Espanha com outros países ficou evidente nesta quarta-feira (25) com o primeiro-ministro espanhol evitando contato com seu homólogo americano, bem como com outros líderes.
Sánchez cumprimentou o Secretário-Geral da OTAN, Mark Rutte, e o Primeiro-Ministro holandês, Dick Schoof, os anfitriões do evento, antes de posar para a "foto de família" da cúpula em uma das extremidades, separado por uma distância significativa de Trump e Rutte.
Mais tarde, na sessão plenária, foi um dos primeiros a tomar assento e não participou das reuniões com outros líderes.
