'Destruição total': Trump comenta ataque dos EUA ao Irã

O presidente dos EUA, Donald Trump, reafirmou nesta quarta-feira (25) que o resultado do recente ataque dos EUA às instalações nucleares do Irã foi "destruição total".

Vazamento de informações: avaliação interna contradiz Trump sobre eficácia de ataque ao Irã

"Creio que foi uma destruição total. Eles não tiveram a chance de tirar nada, porque agimos rápido. É difícil remover esse tipo de material, é muito difícil e muito perigoso", disse ele durante uma coletiva de imprensa à margem da cúpula da OTAN em Haia, perguntado sobre um relatório sobre a infraestrutura nuclear do Irã. "Foi uma obliteração", enfatizou.

Trump declarou que nas fotos que mostram a instalação após o ataque, "tudo acima dela está queimado e escuro, as árvores, tudo". "Quando você olha para o chão, não se esqueça de que as chamas estão no subsolo", acrescentou. 

"Um retrocesso de décadas"

Trump também enfatizou que Washington não permitirá que Teerã continue enriquecendo urânio. "A última coisa que eles querem fazer agora é enriquecer qualquer coisa. Eles querem se recuperar. Não deixaremos isso acontecer", alertou. 

O republicano argumentou que o programa nuclear do Irã "sofreu um retrocesso de vários anos, basicamente décadas". "Eles gastaram bilhões de dólares tentando fazer isso e não conseguiram", disse.

Trump compara ataques dos EUA ao Irã aos bombardeios de Hiroshima e Nagasaki

O presidente republicano também afirmou que os ataques de Washington encerraram a guerra, comparando-os aos bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki na Segunda Guerra Mundial. "Não quero usar o exemplo de Hiroshima ou Nagasaki, mas foi essencialmente a mesma coisa que acabou com a guerra. Isso acabou com a guerra. Se não o tivéssemos destruído, eles estariam lutando até agora", disse.

Relatório de inteligência vazado

Várias mídias dos EUA informaram na terça-feira (24), citando um relatório de inteligência, que as usinas de Fordo, Natanz e Isfahan não sofreram tantos danos quanto alguns funcionários da Casa Branca esperavam e que a República Islâmica ainda mantém o controle de quase todo o seu material nuclear, o que significa que, caso o Irã decida fabricar uma arma nuclear, ainda poderia fazê-lo com relativa rapidez.

Além disso, segundo as fontes, é possível que grande parte do estoque de urânio enriquecido do Irã tenha sido retirado do local antes dos ataques, que teriam destruído apenas uma pequena parte do material nuclear. 

Na mesma linha, as avaliações iniciais de Israel sobre a destruição também questionaram a eficácia da ofensiva.