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Conselheiro da Casa Branca explica porque conflito ucraniano não terminou ainda como Irã e Israel

David Sacks comparou os cenários e apontou os Acordos de Istambul como caminho interrompido para encerrar o conflito ucraniano.
Conselheiro da Casa Branca explica porque conflito ucraniano não terminou ainda como Irã e IsraelGettyimages.ru / Caroline Purser

O bilionário e conselheiro especial da Casa Branca para Inteligência Artificial e Criptomoedas, David Sacks, afirmou nesta terça-feira (24) que o conflito entre Rússia e Ucrânia também poderia ter acabado "em 12 dias", assim como a recente escalada militar entre Irã e Israel, que chegou a um cessar-fogo nesta semana.

"A guerra da Ucrânia também poderia ter terminado em 12 dias. Nem é especulação, isso se chamava Acordos de Istambul", escreveu Sacks na rede social X. "Infelizmente, o presidente era Biden e não Trump", completou.

As negociações mencionadas por Sacks ocorreram em 2022, em Istambul, e tinham como objetivo firmar um acordo de paz entre Moscou e Kiev. À época, o então primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, teria convencido a Ucrânia a desistir das conversas.

Durante uma visita inesperada a Kiev no início de abril daquele ano, Johnson afirmou ao líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, que o Ocidente "não estava disposto a aceitar nenhum acordo com Moscou".

Em declaração feita em dezembro do ano passado, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, também mencionou os acordos. "Tínhamos basicamente alcançado um acordo em Istambul em 2022 e a parte ucraniana assinou aquele documento, o que significa que, em geral, concordava com ele", afirmou.

"Depois, se recusaram a assiná-lo e está claro que foi porque chegou seu aliado, o senhor [Boris] Johnson, uma pessoa com um penteado bonito, e disse que deviam lutar até o último ucraniano."

Cessar-fogo entre Irã e Israel

Também nesta semana, Irã e Israel anunciaram a suspensão das hostilidades iniciadas após um ataque israelense, em 13 de junho, contra instalações militares e nucleares iranianas.

Segundo comunicado da Secretaria do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, foi decretado "o fim da guerra". As autoridades iranianas destacaram que as Forças Armadas do país "responderam com coragem exemplar, esmagando cada ato maligno do inimigo".

O governo iraniano classificou a ofensiva como "uma vitória que forçou o rival a se arrepender, aceitar a derrota e interromper unilateralmente sua ofensiva".