OTAN se divide e países rejeitam diálogo com Zelensky em cúpula, afirma Orbán

Líder do regime ucraniano não foi convidado para a sessão central da cúpula da aliança militar, de acordo com o premiê húngaro.

Durante a cúpula da OTAN realizada nesta terça-feira (24) em Haia, nos Países Baixos, o líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, não foi convidado para a sessão principal de trabalho com os membros da Otan.

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, afirmou em publicação divulgada pela mídia local que "os americanos, os turcos, os eslovacos e nós deixamos claro que não queremos sentar à mesma mesa com o Sr. Zelensky quando se trata da OTAN".

Além disso, Orbán afirmou que, mesmo dentro da União Europeia, Zelensky não é bem-vindo.

"O interesse nacional da Hungria é não fazer parte de nenhuma comunidade de integração com a Ucrânia – nem da OTAN nem da União Europeia", afirmou o ministro húngaro

Segundo plano

De acordo com The Washington Post, oficiais da OTAN estão propositalmente relegando Zelensky a segundo plano, buscando evitar irritar o presidente dos EUA, Donald Trump. O movimento ocorre após múltiplas sinalizações de que Trump deseja encerrar a ajuda militar à Ucrânia. Durante a cúpula da OTAN, os líderes da aliança optaram por não tratar publicamente do assunto.

"Nossos amigos entre os países da OTAN entendem a delicadeza da situação e estão fazendo todo o possível para garantir que a Ucrânia esteja presente na cúpula, enquanto evita antagonizar com Trump", afirmou o presidente do comitê de política externa do parlamento ucraniano ao veículo.

Zelensky pretendia se encontrar com Donald Trump durante a cúpula do G7, realizada no início deste mês, com o objetivo de propor que a Ucrânia arcasse com os custos para garantir a continuidade do fornecimento de armamentos norte-americanos. No entanto, o encontro não ocorreu.