O representante permanente da China na Organização das Nações Unidas (ONU), Fu Kong, afirmou que o ataque dos EUA contra instalações nucleares iranianas no último sábado (21) prejudicou a reputação do país norte-americano como potência mundial.
"Irã está prejudicado, porém a credibilidade dos EUA como país e como participante em qualquer negociação internacional também está prejudicada", declarou o diplomata, ao ser questionado por jornalistas no domingo (22).
O funcionário também comunicou que a China "condena fortemente" a ofensiva norte-americana contra instalações nucleares do Irã, destacando que os bombardeios constituem uma flagrante violação à Carta da ONU e ao direito internacional. Além disso, representam um "golpe devastador" ao regime de não proliferação nuclear, que é "um pilar muito importante da ordem internacional".
- O confronto entre Irã e Israel se intensificou depois que os EUA se juntaram à operação militar contra o Irã na noite do último sábado (21), atacando três grandes instalações nucleares iranianas. A operação americana, por sua vez, provocou ataque retaliatório iraniano na segunda-feira (23) contra a maior base militar americana no Oriente Médio.
- Tel Aviv e Teerã anunciaram um cessar-fogo nesta terça-feira em meio a uma guerra crescente entre os dois países, iniciada após Israel lançar um ataque não provocado contra instalações nucleares e militares iranianas em 13 de junho.
- O Secretariado do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã anunciou em declaração a "imposição de um cessar-fogo ao inimigo sionista", acrescentando que as forças armadas do país persa "responderam com bravura exemplar, esmagando todos os atos malignos do inimigo".
- Tel Aviv anunciou que havia aceitado a proposta de um cessar-fogo bilateral "uma vez que os objetivos da operação foram alcançados e em total coordenação" com o presidente dos EUA.
- Israel, entretanto, voltou a bombardear o Irã, violando o cessar-fogo, o que provocou a ira do presidente Trump, que pediu ao governo israelense para que parasse de "lançar bombas", ressaltando que "não estava feliz" com Teerã e Tel Aviv.