O presidente do Irã, Massoud Pezeshkian, afirmou na terça-feira (24) que foi seu país que pôs fim à guerra iniciada por Israel, que ele chamou de "terrorista".
"Embora o iniciador dessa guerra imposta tenha sido um inimigo terrorista, seu fim foi determinado pela vontade e pelo poder da grande nação iraniana", enfatizou o presidente em mensagem ao povo do país.
Em seu discurso, Pezeshkian declarou oficialmente o fim da "guerra de 12 dias" com Israel.
"Meus queridos compatriotas, querido e zeloso povo do Irã! Hoje, após a corajosa resistência de nossa grande nação que entrou para a história, estamos testemunhando um cessar-fogo e uma guerra de 12 dias imposta ao povo iraniano pelo aventureirismo e incitamento do regime sionista", declarou ele.
O presidente novamente elogiou seu país, observando que, durante o fogo cruzado, "o mundo observou a autoridade do grandioso Irã, que contou com o apoio de seu povo".
"Toda a honra dessa vitória histórica pertence ao grande povo do Irã, o criador da civilização", enfatizou ele em sua mensagem.
O que Tel Aviv diz?
Poucos minutos antes, a posição de Tel Aviv se tornou conhecida. O chefe do Estado-Maior da IDF, tenente-general Eyal Zamir, declarou que o cessar-fogo "completou um capítulo importante, mas a campanha contra o Irã ainda não terminou".
"Estamos entrando em uma nova fase que se baseia nas conquistas da operação atual. Atrasamos o projeto nuclear do Irã por anos, e o mesmo pode ser dito sobre seu programa de mísseis", disse ele.
Ele também classificou as conquistas de Tel Aviv na ofensiva contra Teerã como "extraordinárias", destacando em particular o "ótimo desempenho" das IDF nas áreas de inteligência, comunicações e operações aéreas.
Cessar-fogo entre Irã e Israel
Tel Aviv e Teerã anunciaram um cessar-fogo na terça-feira em meio a uma guerra crescente entre os dois países que começou após Israel lançar um ataque não provocado contra instalações nucleares e militares iranianas em 13 de junho.
O Secretariado do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã anunciou em declaração a "imposição de um cessar-fogo ao inimigo sionista", acrescentando que as forças armadas do país persa "responderam com bravura exemplar, esmagando todos os atos malignos do inimigo".
Tel Aviv anunciou que havia aceitado a proposta de um cessar-fogo bilateral "uma vez que os objetivos da operação foram alcançados e em total coordenação" com o presidente dos EUA.