Israel tem entre 90 e 500 bombas nucleares e pode usá-las, diz analista

O professor Alfredo Jalife-Rahme, especialista em Ciências Políticas e Sociais da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), afirmou nesta terça-feira (24) à RT que a escalada no Oriente Médio pode alcançar um nível extremo, com o risco de uso de armas nucleares por parte de Israel, o que poderia provocar uma reação em cadeia na região.

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"Todo esse cenário nos leva a um terceiro [cenário], que é o mais perigoso, que é a opção Sansão de Israel", afirmou o analista em referência à doutrina militar israelense que prevê uma resposta devastadora diante de ameaças existenciais, já mencionada por figuras do governo.

Jalife-Rahme citou o secretário de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, que declarou: "Sim, vamos enfrentar dias difíceis". Em seguida, o político fez alusão direta aos bombardeios de Hiroshima e Nagasaki, em referência ao possível uso do arsenal nuclear israelense.

"Não podemos esquecer que Israel detém entre 90 e 500 bombas nucleares clandestinas, dependendo de quem faz as estatísticas, e pode usá-las", alertou o especialista.

Segundo ele, esse cenário extremo poderia gerar uma resposta de outras potências nucleares da região, como o Paquistão. "O problema é que o Paquistão, ao menos segundo os militares do Irã, reagiria caso Israel usasse bombas nucleares. O Paquistão, que possui cerca de 190 bombas nucleares, poderia utilizá-las em retaliação", explicou.

Jalife-Rahme destacou que a situação atual é marcada por uma escalada contínua. "Estamos falando de cenários, é assim que vejo. São cenários que crescem, estão aumentando", concluiu.

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