O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, recusou suspender o ataque ao Irã, apesar das objeções do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou nesta terça-feira (24) o correspondente da Axios, Barak Ravid, citando fontes israelenses.
Segundo o jornalista, Netanyahu disse a Trump que era necessário responder aos supostos mísseis disparados pelo Irã após a declaração da trégua.
Ainda assim, foi decidido reduzir significativamente a ofensiva, cancelando o bombardeio de diversos alvos e atingindo apenas um único ponto.
Trump pediu a Israel nesta terça-feira que evitasse "lançar bombas" contra o Irã. "Israel, não jogue essas bombas. Se fizer isso, será uma violação grave. Traga seus pilotos para casa, agora!", escreveu em uma rede social nesta manhã.
Após a conversa com Netanyahu, o presidente americano afirmou que Tel Aviv "não atacaria" o Irã.
"Todos os aviões darão meia-volta e voltarão para casa, enquanto fazem uma amigável 'saudação de piloto' ao Irã. Ninguém se ferirá, o cessar-fogo está em vigor!", declarou nas redes sociais.
Cessar-fogo entre Irã e Israel
Tel Aviv e Teerã anunciaram um cessar-fogo nesta terça-feira, em meio ao conflito iniciado após Israel lançar um ataque não provocado contra instalações nucleares e militares iranianas em 13 de junho.
O Secretariado do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã declarou a "imposição de um cessar-fogo ao inimigo sionista", acrescentando que as forças armadas iranianas "responderam com bravura exemplar, esmagando todos os atos malignos do inimigo".
Tel Aviv afirmou que aceitou a proposta de cessar-fogo bilateral "uma vez que os objetivos da operação foram alcançados e em total coordenação" com o presidente dos EUA.
COMO IRÃ E ISRAEL CHEGARAM AO CONFRONTO DIRETO APÓS QUATRO DÉCADAS DE TENSÃO? ENTENDA EM NOSSA LINHA DO TEMPO.