Autoridades israelenses confirmaram, nesta terça-feira (24), que concordaram com um cessar-fogo com o Irã em meio às tensões entre os dois países, que agravaram depois que Tel Aviv lançou um ataque não provocado às instalações nucleares e militares iranianas em 13 de junho.
"Após alcançar os objetivos da operação, e em total coordenação com o presidente [Donald] Trump, Israel aceitou a proposta de cessar-fogo bilateral ", diz um comunicado emitido pelo governo israelense, segundo o YnetNews.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se reuniu com o Gabinete, o ministro da Defesa, o chefe do Estado-Maior das IDF e o chefe do Mossad "para informar que Israel alcançou todos os objetivos" de sua operação contra a nação persa.
As autoridades também observaram que, "nas últimas 24 horas, as IDF atingiram com força alvos do governo no coração de Teerã, eliminaram centenas de agentes da Basij [braço paramilitar da Guarda Revolucionária] e mataram um cientista nuclear sênior".
"Israel eliminou uma ameaça existencial dupla imediata, tanto no domínio nuclear quanto no de mísseis balísticos", acrescentaram.
"Cessar-fogo está em vigor!"
Mais cedo, O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que Teerã e Tel Aviv haviam concordado com um cessar-fogo, que já entrou em vigor, e pediu a ambos os lados que não a violassem.
O presidente também afirmou que, "de uma forma irônica", os ataques às instalações nucleares iranianas "uniram todos" para conseguir a trégua.
- O confronto entre Irã e Israel se intensificou depois que os EUA se juntaram à operação militar contra o Irã na noite do último sábado (21), atacando três grandes instalações nucleares iranianas. A operação americana, por sua vez, provocou ataque retaliatório iraniano na segunda-feira (23) contra a maior base militar americana no Oriente Médio.
- Vários políticos e líderes mundiais condenaram as ações de Tel Aviv e Washington, chamando-as de "escalada perigosa" e "ato criminoso". Críticas também foram feitas pela Rússia, China, Cuba, Chile, Venezuela, entre outras nações, bem como pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres.
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