
NYT: Aliados do Irã planejam retaliação contra EUA no Oriente Médio

Aliados do Irã estariam supostamente planejando ataques contra bases militares dos EUA no Iraque e na Síria, disse uma autoridade norte-americana ao The New York Times no domingo (22), após os ataques dos EUA às instalações nucleares iranianas em 21 de junho.

"Oficiais militares e de inteligência dos EUA detectaram sinais de que milícias apoiadas pelo Irã estão se preparando para atacar bases americanas no Iraque e possivelmente na Síria em retaliação aos ataques americanos no Irã", informou o jornal.
Nas bases militares e navios de guerra americanos estacionados no Oriente Médio, mais de 40 mil soldados estão em alerta máximo após a decisão de Washington de atacar as instalações nucleares iranianas.
Fontes do veículo indicam que Teerã tem várias maneiras de contra-atacar,incluindo o envio de forças navais e para fechar o Estreito de Ormuz, uma importante rota de navegação que poderia bloquear qualquer navio da Marinha dos EUA no Golfo Pérsico.
A mídia iraniana havia informado nesta segunda-feira sobre um ataque à base militar americana de Kasrek, no nordeste da Síria, o que deixou as forças dos EUA em "estado de alerta".
Escalada do conflito
Desde as primeiras horas do dia 13 de junho, quando Israel lançou um ataque não provocado contra o Irã, as duas nações têm se bombardeado mutualmente. Rússia, China e vários outros países em todo o mundo condenaram veementemente a ofensiva israelense como uma grave violação da lei internacional e da Carta da ONU.
Enquanto isso, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na noite de 21 de junho que a Força Aérea americana havia concluído um "ataque bem-sucedido" contra três instalações nucleares no Irã: Fordo, Natanz e Isfahan.
Moscou condenou reiteradamente as ações israelenses e alertou para o risco de consequências graves. No seu primeiro pronunciamento sobre o conflito, Putin afirmou que ainda há caminhos diplomáticos para encerrar os combates e que é possível atender aos interesses do Irã sem ignorar as preocupações de segurança de Israel.
Já sobre a ofensiva dos EUA contra o Irã, o Representante Permanente da Rússia na ONU, Vasily Nebenzia, enfatizou que os Estados Unidos confirmaram que "para preservar sua hegemonia global, estão dispostos a cometer qualquer crime e violar o direito internacional", ressaltando que "ninguém autorizou" Washington a realizar tais ações.

