EUA alertam para fechamento do estreito de Ormuz: 'Seria suicídio econômico'

Diante da escalada das tensões no Oriente Médio e da entrada dos Estados Unidos no conflito, o Irã passa a considerar uma medida com potencial de abalar profundamente a economia global: o fechamento do estreito de Ormuz — rota vital para o comércio internacional de petróleo e gás natural.

A possibilidade é vista como uma forma de retaliação aos recentes ataques norte-americanos ao país persa. Um bloqueio nesse ponto estratégico poderia provocar uma disparada imediata nos preços globais da energia. 

Em entrevista recente concedida a Fox News, o secretário de Estado norte-americano Marco Rubio comentou sobre as preocupações de seu país em relação ao fechamento de Ormuz, onde circula uma média de 21 milhões de barris de petróleo por dia. 

Segundo ele, seria o "suicídio econômico" do Irã, enquanto os EUA possuem estratégias para lidar com o fechamento do estreito que transporta mais de 25% do petróleo mundial e 20% do comércio global de gás natural liquefeito."Se eles fizerem isso, será um erro terrível", afirmou o secretario. 

Qual é a verdadeira 'arma' do Irã?

A passagem marítima, que liga o Golfo Pérsico ao Golfo de Omã, é a principal via de escoamento de energia para países como Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Iraque. Os Estados Unidos importam 11% do seu petróleo bruto por essa via.

Um corte abrupto no fluxo poderia provocar um salto na demanda por parte da Ásia, especialmente China, Índia, Coreia do Sul e Japão, impulsionando os preços para níveis sem precedentes.