'Variedade de opções': Irã sobre possível retaliação contra bases americanas e fechamento de Ormuz

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Seyed Abbas Araghchi, afirmou neste domingo (22) que o país dispõe de várias opções para responder ao ataque dos EUA contra instalações nucleares iranianas em Fordo, Natanz e Isfahan, em meio à ofensiva não provocada de Israel contra o Irã.

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Temos várias opções disponíveis, e é isso", disse em coletiva de imprensa em Istambul, na Turquia, ao ser questionado por um repórter da Bloomberg sobre a possibilidade de o Irã retaliar atacando bases americanas na região ou fechando o Estreito de Ormuz.

Araghchi declarou que o Irã nunca confiou nos países ocidentais durante as negociações e que agora há ainda mais razões para manter essa desconfiança, ao comentar os ataques coordenados por Tel Aviv e Washington logo após a retomada das conversas.

"É claro que o caminho diplomático deve permanecer sempre aberto, mas, como eu disse, não estamos em posição de decidir como retomar as relações diplomáticas ou com quem, então teremos que esperar primeiro por nossa resposta. E quando a agressão terminar, decidiremos como retomar as relações diplomáticas", acrescentou.

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Segundo Araghchi, foram os EUA, e não o Irã, que "traíram a diplomacia". "Em meio às negociações conosco, eles deram sinal verde aos israelenses, se não os ordenaram diretamente, para atacar as instalações nucleares do Irã. Acho que eles provaram que não são homens de diplomacia", concluiu.

• O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou no sábado (21) que as Forças Aéreas dos EUA concluiram um "ataque bem-sucedido" contra três instalações nucleares no Irã. "Concluímos nosso ataque bem-sucedido em três instalações nucleares no Irã, incluindo Fordo, Natanz e Isfahan. Todas as aeronaves estão fora do espaço aéreo iraniano. Uma carga completa de bombas foi lançada na principal instalação, Fordo", explicou. "Não há outro exército no mundo que poderia ter feito isso. Chegou a hora da paz!", disse Trump.

• Vários políticos e líderes mundiais condenaram as ações de Washington, chamando-as de "escalada perigosa" e "ato criminoso".

• A Rússia denunciou repetidamente a recente escalada no Oriente Médio como uma "catástrofe nuclear em larga escala". Anteriormente, o presidente russo, Vladimir Putin, expressou profunda preocupação com as "consequências imprevisíveis para toda a situação na região do Oriente Médio".

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