
Teerã: EUA traíram a diplomacia e iniciaram uma perigosa guerra contra o Irã

O governo iraniano afirmou, por meio de seu Ministério das Relações Exteriores, que os Estados Unidos deram início a uma "guerra perigosa" contra o Irã ao atacar instalações nucleares do país.

Em comunicado divulgado pela agência IRNA na manhã deste domingo (22), no horário local, o ministério classificou a ação militar americana como uma violação grave da Carta da ONU e do direito internacional.
Segundo a chancelaria iraniana, os EUA traíram processos diplomáticos ao apoiar ações de Israel, que o texto chama de "regime genocida e ilegal". O ministério afirmou ainda que um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU (referindo-se aos EUA) age sem respeitar normas internacionais ao promover interesses de um "regime ocupante".
O Irã responsabilizou o governo do então presidente norte-americano Donald Trump pelas consequências dos ataques, chamando sua administração de "belicista e criminosa".
O país reafirmou seu direito de se defender militarmente e pediu que organizações internacionais não permaneçam em silêncio, sob risco de uma crise global sem precedentes.
Perigosa escalada
Donald Trump anunciou no sábado (21) que a Força Aérea dos EUA havia bombardeado três instalações nucleares iranianas, incluindo as cidades de Fordo, Natanz e Isfahã. Ele descreveu a operação como bem-sucedida e afirmou que nenhum outro exército teria capacidade similar.
Líderes internacionais condenaram os ataques, classificando-os como uma "perigosa escalada" no conflito. A Rússia alertou que a situação pode levar a uma catástrofe nuclear na região.
O presidente Vladimir Putin já havia manifestado preocupação com as consequências imprevisíveis da crise no Oriente Médio.

