O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e as Forças de Defesa de Israel (FDI) enfrentarão "tempos sombrios", declarou, na quinta-feira (19), o general Mohsen Rezaei, alto oficial do Corpo dos Guardas da Revolução Islâmica (IRGC).
Em declarações recentes sobre as operações lançadas em resposta ao ataque israelense do fim de semana anterior — classificado como "não provocado" —, Rezaei afirmou que o Irã utilizou menos de 30% da sua capacidade militar.
"Não empregamos recursos terrestres ou marítimos, nem os instrumentos energéticos como o petróleo e o Estreito de Ormuz", afirmou. Segundo ele, Teerã também optou por não envolver, por enquanto, os seus aliados regionais.
O general explicou ainda que a escalada gradual da intensidade dos ataques visa dar tempo para que civis israelitas deixem as zonas de risco. "Estamos pedindo ao povo de Israel que evacue e fuja o mais rapidamente possível", advertiu.
Nesse sentido, reforçou que se aproximam "dias obscuros" tanto para Netanyahu quanto para o exército. "O nosso castigo ainda não terminou e deve ser cumprido; continuaremos até garantirmos o futuro do país", declarou.
Rezaei defendeu que a resposta do Irão se baseia no direito internacional e classificou a retaliação como "completamente legal".
"A nossa vingança é sagrada. Se o inimigo não reconhecer o seu erro, as perdas decorrentes da continuação da guerra serão inaceitáveis para nós", afirmou.
COMO IRÃ E ISRAEL CHEGARAM AO CONFRONTO DIRETO, APÓS QUATRO DÉCADAS DE TENSÃO? ENTENDA EM NOSSA LINHA DO TEMPO.