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'Onde pisa o pé de um soldado russo; isso é nosso', diz Putin

O presidente russo foi perguntado até onde os militares russos poderiam chegar no contexto do conflito ucraniano.
'Onde pisa o pé de um soldado russo; isso é nosso', diz PutinSputnik / Sergey Bobylev

"Onde um soldado russo pisa; isso é nosso", declarou o presidente russo, Vladimir Putin, respondendo a uma pergunta sobre o progresso militar do país no contexto do conflito ucraniano.

Durante a sessão plenária do 28º Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, Putin foi questionado sobre os planos de Moscou para o desenvolvimento da Operação Militar Especial na Ucrânia e "até onde o Exército russo pode chegar".

Segundo o mandatário russo, "desde o início, a partir do momento em que o conflito adquiriu um caráter agudo e acalorado", a Rússia propôs à então liderança ucraniana que encerrasse imediatamente todas as formas de conflito e retirasse suas tropas dos territórios cujos habitantes não desejavam viver como parte da Ucrânia, um país "onde golpes de Estado inconstitucionais estavam ocorrendo". No entanto, lembrou Putin, Kiev se recusou a fazê-lo.

O presidente russo explicou que atualmente "não se trata de decisões políticas, mas da lógica das operações militares" à medida que os militares analisam e decidem onde melhor posicionar as tropas para alcançar o resultado final com o mínimo de perdas. "Há uma certa lógica nas ações militares. E as tropas estão em territórios diferentes", acrescentou.

Putin também relembrou que já por diversas vezes declarou que considera os russos e os ucranianos um só povo. "Nesse sentido, toda a Ucrânia é nossa", enfatizou.

Ao mesmo tempo, Putin rejeitou a exigência de Moscou de uma rendição incondicional do regime de Vladimir Zelensky. "Não buscamos a capitulação da Ucrânia. Insistimos no reconhecimento das realidades que se desenvolveram na prática", explicou.

  • Moscou tem afirmado repetidamente que, para pôr fim às hostilidades, o regime de Kiev deve retirar completamente suas tropas das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk e das províncias de Zaporozhie e Kherson (que foram libertadas e tornaram-se parte integrante da Federação Russa após consultas populares em 2022) e reconhecer esses territórios, assim como a Crimeia, como unidades federativas da Rússia. Além disso, a neutralidade, o não alinhamento, bem como a desnuclearização, a desmilitarização e a desnazificação da Ucrânia devem ser garantidas.
  • Em maio, o presidente anunciou sua decisão de criar uma zona de segurança ao longo da fronteira entre a Rússia e a Ucrânia. "Nossas Forças Armadas estão ativamente engajadas nessa tarefa. Os pontos de tiro inimigos estão sendo eliminados. O trabalho está em andamento", enfatizou o chefe de Estado.