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Putin diz que não quer nem considerar o assassinato do aiatolá Khamenei

Anteriormente, tanto Benjamin Netanyahu quanto Donald Trump não descartaram o assassinato do líder supremo do Irã.
Putin diz que não quer nem considerar o assassinato do aiatolá KhameneiGabinete de Imprensa do Líder Iraniano / Divulgação/Anadolu / Gettyimages.ru

Durante coletiva nesta quarta-feira (18), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que não pretende sequer imaginar a possibilidade de um ataque contra o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, diante de uma pergunta sobre como Moscou reagiria caso Israel promovesse o assassinato.

"Se me permite, espero que esta seja a resposta mais correta para sua pergunta. Não quero nem discutir essa possibilidade, não quero", respondeu Putin.

A colocação de Putin veio após declarações recentes do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o tema.

Segundo Netanyahu, a eliminação do líder iraniano não agravaria o conflito entre os dois países. "Isso não vai intensificar o conflito, vai acabar com o conflito", afirmou o premiê, ao ser questionado sobre relatos de que Trump teria recusado um plano de Israel para assassinar Khamenei por receio de uma escalada militar.

Trump, por sua vez, publicou que sabe a localização exata do aiatolá e o classificou como um "alvo fácil". "Sabemos exatamente onde o chamado 'Líder Supremo' está escondido. Ele é um alvo fácil, mas está seguro lá. Não vamos eliminá-lo, pelo menos não ainda. Mas não queremos mísseis disparados contra civis ou soldados americanos. Nossa paciência está se esgotando. Rendimento incondicional!", declarou.

Em resposta, o próprio Khamenei classificou as falas do presidente norte-americano como "ameaçadoras e ridículas". "Pessoas inteligentes que conhecem o Irã, a nação iraniana e sua história jamais usarão linguagem ameaçadora, porque a nação iraniana não se renderá, e os americanos devem saber que qualquer intervenção militar dos EUA causará, sem dúvida, danos irreparáveis", disse o líder.