O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira (18) que um encontro com Vladimir Zelensky seria possível na fase final das negociações para "colocar fim" ao conflito ucraniano.
"Não nos importamos com quem está negociando. Mesmo que seja o atual chefe do regime. Estou até disposto a nos reunir", declarou o presidente russo. "A questão é: quem assinará os documentos?", acrescentou.
"Os documentos devem ser assinados por autoridades ucranianas legítimas, caso contrário serão jogados no lixo", explicou.
O presidente russo esclareceu que "de acordo com a Constituição ucraniana, o presidente da Ucrânia é eleito para um mandato de cinco anos" e " não há como estender seu mandato, nem mesmo sob lei marcial".
O presidente enfatizou que a Rússia está "pronta para negociar os princípios de resolução" do conflito, "mas somente se o lado ucraniano também estiver disposto e se seus patrocinadores ocidentais e os chamados aliados não a pressionarem a lutar até o último ucraniano, mas, em vez disso, apontarem para as realidades de hoje e a pressionarem em direção a acordos que não darão continuidade às hostilidades".
Nesse sentido, ele mencionou as negociações em Istambul em 2022, quando as partes em conflito chegaram a "formulações que satisfizeram" ambas.
"Então vieram aqueles que agora querem aumentar os gastos com defesa na Europa e no exterior. 'Não façam isso. Precisamos derrotar a Rússia no campo de batalha', [disseram eles na época]. E tudo o que combinamos, eles jogaram fora e pronto", lembrou Putin.