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Trump insiste em ultimato ao Irã: 'Rendição incondicional'

O presidente dos EUA afirmou que não pode permitir que o Irã tenha armas nucleares.
Trump insiste em ultimato ao Irã: 'Rendição incondicional'Gettyimages.ru / Chip Somodevilla/

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, insistiu na "rendição incondicional" do Irã e qualificou os iranianos como "valentões".

"Esta não é uma ameaça que podemos ter", disse o presidente. "Não podemos permitir que o Irã tenha armas nucleares", acrescentou.

"Por 40 anos, eles disseram morte aos Estados Unidos, morte a Israel, morte a qualquer um que não gostasse deles. Eles eram valentões. Eram valentões de pátio de escola. E agora não são mais valentões. Mas veremos o que acontece", disse Trump.

Ele também ameaçou novamente o Irã com o controle total de seus céus. "Quer dizer, eles estão totalmente indefesos. Não têm defesa aérea alguma", afirmou.

Quando questionado sobre o possível envolvimento dos EUA nos ataques israelenses, Trump ironizou: "Você acha mesmo que eu vou responder a essa pergunta? 'Atacará o componente nuclear iraniano e a que horas exatamente, senhor? Poderia nos informar para que possamos ir lá e verificar?'" "Eu posso fazer isso. Eu posso não fazer isso", acrescentou.

Quando Tel Aviv lançou o ataque ao Irã na semana passada, os EUA inicialmente tentaram se distanciar do assunto. O secretário de Estado, Marco Rubio, negou que Washington tenha desempenhado algum papel nos bombardeios.

Mais tarde, o presidente dos EUA, Donald Trump, chamou a ofensiva israelense de "excelente" e alertou que "haverá mais" ataques. Ele também afirmou que seu país sabia com antecedência que o ataque estava chegando.

Relatórios da CIA e IAEA contradizem alegações de Israel 

Relatórios recentes da própria CIA indicam que o Irã não está desenvolvendo armas nucleares. Já a IAEA (Agência Internacional de Energia Atómica), em relatório de 2025, confirma a ausência de esforços sistemáticos para esse fim.

Ambos os órgãos destacam que o programa nuclear iraniano não apresenta evidências de atividades militares atuais.

O Início dos ataques ao Irã 

  • Desde as primeiras horas do dia 13 de junho, quando Israel lançou um ataque não provocado contra o Irã, as duas nações têm trocado bombardeios. A Rússia, a China e muitos países em todo o mundo condenaram veementemente a ofensiva israelense como uma grave violação da lei internacional e da Carta da ONU.
  • O presidente russo, Vladimir Putin, condenou os ataques em uma conversa com seu homólogo americano, Donald Trump, e expressou grande preocupação com uma possível escalada do conflito, que ''teria consequências imprevisíveis para toda a situação na região do Oriente Médio''. 
  • Na América Latina, várias nações, incluindo Brasil, Venezuela, Cuba e Nicaráguamanifestaram contrariedade às ações de Tel Aviv. Reações semelhantes vieram de países do mundo islâmico, incluindo Turquia, Arábia Saudita, Egito e Paquistão. 

Como Irã e Israel passaram da diplomacia à confrontação militar? Entenda em nosso artigo.