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Líder supremo do Irã promete mais punição pelos ataques de Israel

"Desde o início, suspeitou-se que os Estados Unidos estivessem envolvidos nessa manobra maliciosa do regime sionista", afirmou o aiatolá Ali Khamenei.
Líder supremo do Irã promete mais punição pelos ataques de IsraelGettyimages.ru / Leader.ir

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, denunciou Israel por cometer "um grande erro e crime" ao atacar o Irã, prometendo mais punições para Tel Aviv.

"O inimigo sionista deve ser punido e está sendo punido, e a punição que a nação e as forças armadas iranianas infligiram a esse inimigo maligno, estão infligindo atualmente e planejam infligir no futuro, é uma punição severa que o enfraqueceu", disse Khamenei em um discurso televisionado citado pela Tasnim.

O líder supremo do Irã enfatizou que o ataque israelense ocorreu em meio a negociações nucleares indiretas com os EUA.

Ele opinou também que Washington está ligado à ofensiva de Israel. "É claro que, desde o início, suspeitou-se que os EUA estivessem envolvidos nessa manobra maliciosa do regime sionista e, com as recentes declarações de autoridades norte-americanas, essa suspeita está sendo reforçada dia após dia", disse Khamenei.

"No momento em que os amigos americanos deles entram em cena, é um sinal da fraqueza e impotência do regime sionista", destacou.

O líder supremo do Irã afirmou que os EUA devem entender que o país persa não se renderá e classificou as recentes declarações do presidente Donald Trump como "ameaçadoras e ridículas". 

Na terça-feira (17), Trump afirmou que sabe onde Khamenei está "se escondendo" e o chamou de "alvo fácil", afirmando que ele está seguro porque, por enquanto, não têm planos de matá-lo. 

Início dos ataques:

  • Desde as primeiras horas do dia 13 de junho, quando Israel lançou um ataque não provocado contra o Irã, as duas nações têm trocado bombardeios. A Rússia, a China e muitos países em todo o mundo condenaram veementemente a ofensiva israelense como uma grave violação da lei internacional e da Carta da ONU.
  • O presidente russo, Vladimir Putin, condenou os ataques em uma conversa com seu homólogo americano, Donald Trump, e expressou grande preocupação com uma possível escalada do conflito, que ''teria consequências imprevisíveis para toda a situação na região do Oriente Médio''. 
  • Na América Latina, várias nações, incluindo Brasil, Venezuela, Cuba e Nicaráguamanifestaram contrariedade às ações de Tel Aviv. Reações semelhantes vieram de países do mundo islâmico, incluindo Turquia, Arábia Saudita, Egito e Paquistão. 

Como Irã e Israel passaram da diplomacia à confrontação militar? Entenda em nosso artigo.