
Líder Supremo do Irã responde a ameaças de Trump

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, declarou durante um discurso na TV, nesta quarta-feira (18), que os EUA devem entender que o Irã não se renderá em meio à escalada de tensões com Israel, informou a agência de notícias Tasnim .

Ele classificou as declarações recentes do presidente dos EUA, Donald Trump, como "ameaçadoras e ridículas".
"Pessoas inteligentes que conhecem o Irã, a nação iraniana e sua história jamais usarão linguagem ameaçadora, porque a nação iraniana não se renderá, e os americanos devem saber que qualquer intervenção militar dos EUA causará, sem dúvida, danos irreparáveis", afirmou Khamenei, diante da recente "invasão maliciosa e sem sentido" de Israel.
O aiatolá enfatizou que a República Islâmica permanecerá firme diante da guerra ou da paz imposta, afirmando que o país "não se renderá a nada imposto por ninguém".
Na terça-feira (17), Trump afirmou que sabe onde Khamenei está "se escondendo" e o chamou de "alvo fácil", afirmando que ele está seguro porque, por enquanto, não têm planos de matá-lo.
Os início dos ataques:
- Desde as primeiras horas do dia 13 de junho, quando Israel lançou um ataque não provocado contra o Irã, as duas nações têm trocado bombardeios. A Rússia, a China e muitos países em todo o mundo condenaram veementemente a ofensiva israelense como uma grave violação da lei internacional e da Carta da ONU.
- O presidente russo, Vladimir Putin, condenou os ataques em uma conversa com seu homólogo americano, Donald Trump, e expressou grande preocupação com uma possível escalada do conflito, que ''teria consequências imprevisíveis para toda a situação na região do Oriente Médio''.
- Na América Latina, várias nações, incluindo Brasil, Venezuela, Cuba e Nicarágua, manifestaram contrariedade às ações de Tel Aviv. Reações semelhantes vieram de países do mundo islâmico, incluindo Turquia, Arábia Saudita, Egito e Paquistão.
Como Irã e Israel passaram da diplomacia à confrontação militar? Entenda em nosso artigo.
