O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, declarou nesta quarta-feira (18) que seu país e seus aliados "estão em alerta para as possíveis consequências" da escalada de tensões entre Tel Aviv e Teerã.
"Como os outros conflitos que enfrentamos nos últimos 23 anos, estamos acompanhando de perto os ataques terroristas de Israel contra o Irã", afirmou Erdogan, acrescentando que a Turquia se prepara "para todos os tipos de negatividade e cenários".
"É essencial impedir a agressão israelense"
Erdogan afirmou que "interromper a agressão israelense é essencial para o mundo inteiro e para a humanidade", e que os países da região "devem aprender as lições necessárias" com esses acontecimentos.
Ele classificou Israel como um país que "não reconhece nem lei nem normas" e "não tem princípios", e disse que o ataque ao Irã durante as negociações nucleares foi um "ato terrorista em larga escala".
O presidente turco criticou o silêncio das instituições internacionais, incluindo a ONU, diante da ofensiva israelense, e garantiu que Ancara está "fazendo todo o possível para impedir a agressão desumana de Israel” contra Gaza, Síria, Líbano, Iêmen e Irã, e continuará a agir “com paciência".
- Desde as primeiras horas do dia 13 de junho, quando Israel lançou um ataque não provocado contra o Irã, as duas nações têm trocado bombardeios. A Rússia, a China e muitos países em todo o mundo condenaram veementemente a ofensiva israelense como uma grave violação da lei internacional e da Carta da ONU.
- Na América Latina, várias nações, incluindo Brasil, Venezuela, Cuba e Nicarágua, manifestaram contrariedade às ações de Tel Aviv. Reações semelhantes vieram de países do mundo islâmico, incluindo Turquia, Arábia Saudita, Egito e Paquistão.
Como Irã e Israel passaram da diplomacia à confrontação militar? Entenda em nosso artigo.