Chefe do Serviço Federal de Segurança russo: a Ucrânia queria receber os terroristas do Crocus City Hall como "heróis"

"De acordo com nossas informações operacionais preliminares, estavam esperando por eles lá", disse Alexander Bortnikov.

A Ucrânia queria receber como "heróis" os autores do ataque da última sexta-feira à sala de concertos Crocus City Hall, em Moscou, afirmou o chefe do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, em suas siglas em russo), Alexander Bortnikov, em entrevista ao jornalista Pavel Zarubin.

"Os bandidos pretendiam ir para o exterior, concretamente para o território da Ucrânia. De acordo com nossas informações operacionais preliminares, estavam esperando por eles lá", explicou. 

Em outras declarações à imprensa, Bortnikov disse que Kiev estava treinando terroristas no Oriente Médio, mas, de acordo com o alto funcionário, os EUA e o Reino Unido também foram responsáveis pelo ataque. O chefe do FSB sugeriu que o ataque tinha como objetivo que os serviços de segurança ocidentais e ucranianos influenciassem a situação na Rússia e "causassem o pânico na sociedade".

Além disso, Bortnikov afirmou que a advertência dos EUA sobre a preparação de um ataque terrorista "não era concreta". "Obrigado por falar, mas gostaríamos de ter tido mais detalhes", disse. 

Perguntado se o chefe da Direção Principal de Inteligência do Ministério da Defesa ucraniano, Kiril Budanov (incluido na lista de terroristas e extremistas da Federação da Rússia) é um alvo legítimo, o alto funcionário enfatizou que "todos aqueles que cometem crimes contra a Rússia e cidadãos russos são alvos legítimos". Quando o jornalista lhe perguntou por que essas pessoas "ainda estão vivas", Bortnikov enfatizou que "tudo está à frente".