'Israel tem direito de se defender', alegam líderes do G7

"Sempre deixamos claro que o Irã nunca poderá ter armas nucleares", declararam os participantes do grupo em uma declaração conjunta.

Os líderes do G7, reunidos em cúpula no Canadá, emitiram na segunda-feira (16) uma declaração conjunta sobre a escalada do conflito entre Israel e o Irã.

"Israel tem o direito de se defender. Reiteramos nosso apoio à segurança de Israel. O Irã é a principal fonte de instabilidade e terror regional. Sempre deixamos claro que o Irã nunca poderá ter uma arma nuclear. Pedimos que a resolução da crise iraniana leve a uma redução ainda maior das hostilidades no Oriente Médio, incluindo um cessar-fogo em Gaza", afirma a declaração.

Desde 13 de junho, quando Israel iniciou um ataque não provocado contra o Irã, ambos os países têm trocado ataques. Rússia, China e diversas nações condenaram a operação israelense, classificando-a como uma grave violação do direito internacional e da Carta da ONU.

O presidente russo, Vladimir Putin, criticou os ataques em conversa com o presidente dos EUA, Donald Trump, expressando "profunda preocupação" com a possibilidade de escalada do conflito, que "teria consequências imprevisíveis para toda a situação no Oriente Médio".

O representante russo na ONU, Vasili Nebenzia, alertou que as ações de Israel podem levar a região a uma "catástrofe nuclear em larga escala".

Na América Latina, países como Brasil, Venezuela, Cuba e Nicarágua rejeitaram as ações de Tel Aviv. Reações semelhantes vieram de nações do mundo islâmico, incluindo Turquia, Arábia Saudita, Egito e Paquistão.

Como as negociações sobre o programa nuclear do Irã levaram à ofensiva israelense? Entenda em nosso artigo.