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'Israel tem direito de se defender', alegam líderes do G7

"Sempre deixamos claro que o Irã nunca poderá ter armas nucleares", declararam os participantes do grupo em uma declaração conjunta.
'Israel tem direito de se defender', alegam líderes do G7Gettyimages.ru / Suzanne Plunkett-Pool/

Os líderes do G7, reunidos em cúpula no Canadá, emitiram na segunda-feira (16) uma declaração conjunta sobre a escalada do conflito entre Israel e o Irã.

"Israel tem o direito de se defender. Reiteramos nosso apoio à segurança de Israel. O Irã é a principal fonte de instabilidade e terror regional. Sempre deixamos claro que o Irã nunca poderá ter uma arma nuclear. Pedimos que a resolução da crise iraniana leve a uma redução ainda maior das hostilidades no Oriente Médio, incluindo um cessar-fogo em Gaza", afirma a declaração.

Desde 13 de junho, quando Israel iniciou um ataque não provocado contra o Irã, ambos os países têm trocado ataques. Rússia, China e diversas nações condenaram a operação israelense, classificando-a como uma grave violação do direito internacional e da Carta da ONU.

O presidente russo, Vladimir Putin, criticou os ataques em conversa com o presidente dos EUA, Donald Trump, expressando "profunda preocupação" com a possibilidade de escalada do conflito, que "teria consequências imprevisíveis para toda a situação no Oriente Médio".

O representante russo na ONU, Vasili Nebenzia, alertou que as ações de Israel podem levar a região a uma "catástrofe nuclear em larga escala".

Na América Latina, países como Brasil, Venezuela, Cuba e Nicarágua rejeitaram as ações de Tel Aviv. Reações semelhantes vieram de nações do mundo islâmico, incluindo Turquia, Arábia Saudita, Egito e Paquistão.

  • Desde o início da ofensiva de Israel contra o Hamas, em 7 de outubro de 2023, a Faixa de Gaza registra 55.432 mortos e 128.923 feridos, segundo o Ministério da Saúde local. Além dos bombardeios, há aumento de mortes por fome, conforme relatado por médicos.
  • Tel Aviv também descumpriu repetidamente o cessar-fogo com o Hezbollah, em vigor desde 27 de novembro e prorrogado até 18 de fevereiro, atacando o território libanês durante a trégua.
  • Nos últimos meses, Israel realizou ataques contra a Síria. No início de junho, o Ministério das Relações Exteriores sírio denunciou bombardeios contra "vilarejos e cidades" na província de Daraa, causando mortes e danos materiais significativos.

Como as negociações sobre o programa nuclear do Irã levaram à ofensiva israelense? Entenda em nosso artigo.