
Trump caso Irã recuse assinar um acordo nuclear: 'Algo acontecerá'

O presidente dos EUA, Donald Trump, reforçou nesta segunda-feira (16) que acredita que um acordo com o Irã sobre o programa nuclear persa será assinado, afirmando que caso isso não se concretize, "algo acontecerá".
Em uma coletiva de imprensa, Trump expressou que o Irã deveria ter firmado um acordo com os EUA sobre seu programa nuclear antes que Israel iniciasse sua ofensiva injustificada contra o país persa, assegurando que agora querem chegar a um acordo.

"Dei ao Irã 60 dias e disseram 'não', e no dia 61 vocês viram o que aconteceu. [...] Eu estou constantemente em contato, e é como eu tenho dito, acho que um acordo será assinado, ou algo acontecerá. Acho que o Irã seria tolo se não assinar", sustentou à margem da cúpula do G7.
Além disso, Trump evitou responder sobre se deseja uma mudança no regime iraniano, limitando seu pronunciamento sobre a posse de armas nucleares por Teerã. "Quero que não haja armas nucleares no Irã e estamos no caminho certo para garantir que assim seja", destacou.
Plano israelense?
Anteriormente, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Seyed Abbas Araghchi, indicou que o país judeu, com seus ataques não provocados, desejava interromper as negociações pacíficas entre o Irã e os EUA sobre o programa nuclear da nação persa.
Neste contexto, Araghchi relembrou que no último domingo deveria ter sido celebrado uma rodada de negociações sobre o assunto em Mascate, Omã. O funcionário de alto escalão assegurou que Teerã "confia no caráter pacífico de seu programa nuclear" e queria seguir as negociações para apresentar sua proposta para um novo acordo nuclear.
- Desde as primeiras horas do dia 13 de junho, quando Israel lançou um ataque não provocado contra o Irã, as duas nações têm trocado bombardeios.
- A Rússia, a China e muitos países em todo o mundo condenaram veementemente a ofensiva israelense como uma grave violação da lei internacional e da Carta da ONU.
- O presidente russo, Vladimir Putin, condenou os ataques em uma conversa com seu homólogo americano, Donald Trump, e expressou grande preocupação com uma possível escalada do conflito, que ''teria consequências imprevisíveis para toda a situação na região do Oriente Médio''.
- Na América Latina, várias nações, incluindo Brasil, Venezuela, Cuba e Nicarágua, manifestaram contrariedade às ações de Tel Aviv. Reações semelhantes vieram de países do mundo islâmico, incluindo Turquia, Arábia Saudita, Egito e Paquistão.
ENTENDA O PROGRAMA NUCLEAR DO IRÃ LENDO NOSSO ARTIGO.
