O WhatsApp, aplicativo de mensagens instantâneas mais usado no Brasil, começou oficialmente a exibir anúncios publicitários, anunciou nesta segunda-feira (16) a controladora Meta*. A mudança atinge inicialmente a aba "Atualizações" (em status) e os "Canais" seguidos pelo usuário. A empresa, contudo, garantiu que propagandas não deverão aparecer nas conversas privadas.
A decisão enterra o legado dos fundadores Jan Koum e Brian Acton, que deixaram a empresa em 2018 por divergências sobre publicidade. Após a aquisição por US$ 19 bilhões em 2014, o WhatsApp manteve-se como um "oásis" livre de anúncios, mesmo que os planos para introduzi-los tenham sido debatido por muitos anos.
Anunciando a novidade, a Meta enfatizou que os anúncios usam "informações muito básicas" para segmentação, como país, cidade, idioma e tipo de dispositivo — sem escanear conversas ou enviar o número do celular para anunciantes.
O Brasil é estratégico para a empresa. Segundo os dados da Statista, mais de 90% dos brasileiros possuem o app instalado. Empresas já utilizam o WhatsApp Business para vendas, com 37% dos usuários locais não se importando em ver anúncios na plataforma, segundo os dados do final de maio de 2025.
Além dos anúncios na aba de atualizações, a empresa introduzirá assinaturas para que usuários possam ajudar seus canais favoritos e promovê-los.
*Classificada na Rússia como uma organização extremista, cujas redes sociais são proibidas em seu território.