Moscou está preparada para mediar a resolução do conflito entre Israel e Irã, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, na segunda-feira (16).
"A Rússia continua pronta para fornecer serviços de mediação se necessário", declarou Peskov.
Neste contexto, ele indicou que tais serviços poderiam incluir as propostas previamente delineadas pelo presidente russo Vladimir Putin em conversa no último sábado com seu homólogo norte-americano Donald Trump, que "ainda estão sobre a mesa".
O presidente russo observou que, antes da escalada da situação, o lado russo havia proposto medidas concretas para chegar a acordos mutuamente benéficos durante as negociações nucleares entre EUA e Irã.
Questionado sobre a existência de contatos de mediação planejados, o porta-voz disse que o líder russo "teve várias conversas telefônicas importantes nos últimos dias".
Desde as primeiras horas do dia 13 de junho, quando Israel lançou um ataque não provocado contra o Irã, as duas nações têm trocado bombardeios. Rússia, China e vários outros países em todo o mundo condenaram veementemente a ofensiva israelense como uma grave violação da lei internacional e da Carta da ONU.
O presidente russo Vladimir Putin condenou os ataques israelenses em conversa com seu colega americano Donald Trump e expressou preocupação com uma possível escalada do conflito, que "teria consequências imprevisíveis para toda a situação na região do Oriente Médio". Da mesma forma, o representante permanente da Rússia na ONU, Vasili Nebenzia, alertou que as ações de Israel estão empurrando a região para uma "catástrofe nuclear em grande escala".
Na América Latina, várias nações, incluindo Brasil, Venezuela, Cuba e Nicarágua, expressaram repúdio às ações de Tel Aviv. Países do mundo islâmico, como Turquia, Arábia Saudita, Egito e Paquistão reagiram de forma semelhante.