O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta sexta-feira (13) que o país está conduzindo uma ofensiva militar contra o Irã, chamada "Operação Rising Lion", com o objetivo de eliminar ameaças nucleares e de mísseis balísticos.
Segundo ele, o regime islâmico iraniano "ameaça destruir" Israel e "oprime" o povo iraniano há quase 50 anos.
De acordo com Netanyahu, nas últimas 24 horas foram neutralizados "altos comandantes militares, cientistas nucleares seniores, a instalação de enriquecimento mais importante do regime islâmico e grande parte de seu arsenal de mísseis balísticos". O premiê afirmou que "mais ações virão" e que o regime iraniano "não sabe o que o atingiu".
Ao longo do pronunciamento, Netanyahu reforçou que o alvo da operação não é o povo iraniano. "A luta de Israel não é contra vocês não é contra vocês, o bravo povo do Irã, a quem respeitamos e admiramos", disse. Ele afirmou que a campanha militar também abre espaço para que os iranianos busquem mudanças internas.
"À medida que alcançamos nossos objetivos, estamos também abrindo o caminho para vocês alcançarem o de vocês: a liberdade."
O líder israelense apelou diretamente à população do Irã: "Esta noite, desejo falar com vocês, o orgulhoso povo do Irã". Ele ainda citou o lema de protestos populares no país: "Mulher, vida, liberdade".
Por fim, Netanyahu incentivou os iranianos a se unirem contra o regime: "Chegou a hora de vocês se unirem em torno de sua bandeira e de seu legado histórico, levantando-se pela liberdade contra um regime maligno e opressor". Ele encerrou a fala declarando: "Bravo povo do Irã, a sua luz derrotará a escuridão. Eu estou com vocês. O povo de Israel está com vocês."
Início do conflito
O conflito foi desencadeado após Israel lançar um ataque contra o Irã na noite de quinta-feira (12), com o objetivo declarado de neutralizar ameaças nucleares e de mísseis balísticos representadas pelo regime iraniano.
Em resposta, mísseis foram lançados do Irã em direção ao território israelense, e sirenes de alerta soaram em várias regiões do país. O governo israelense declarou estado de emergência, e o Comando da Frente Interna afirmou esperar "um ataque significativo do leste".