Kamala Harris aplaude sem entender uma música contra sua visita a Porto Rico (VIDEO)

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, aplaudiu sem perceber uma música de protesto contra sua visita à cidade de San Juan, em Porto Rico, na sexta-feira.

Durante sua primeira estada na ilha, a autoridade de alto escalão estava passeando pelo pátio do centro cultural La Goyco quando um grupo de músicos se aproximou para dedicar-lhe uma canção com pandeiros."Queremos saber, queremos saber, Kamala, o que você veio fazer", eles cantaram para ela enquanto ela sorria, sem saber o significado da letra em espanhol.

"A vice-presidente está aqui fazendo história. Queremos saber o que ela pensa sobre a colônia", continuaram, referindo-se ao status político de Porto Rico, uma comunidade com certo grau de autonomia, embora Washington se reserve a defesa, a moeda, a imigração e a alfândega, entre outras questões.

Kamala Harris interrompeu abruptamente seus aplausos quando o diretor executivo do centro comunitário explicou o verdadeiro significado da música. A vice-presidente norte-americana cruzou os braços, olhando em volta enquanto a banda continuava cantando.

"Criminosa de guerra"

Durante sua visita ao centro comunitário, um pequeno grupo de manifestantes gritou "Yankee, go home"(Yanqui, vai para casa). Além disso, um manifestante segurava um cartaz com a mensagem "Kamala Harris criminosa de guerra" e outro chamou os EUA e Israel de "genocidas".

Cerca de 20 pessoas já haviam realizado um protesto na cidade para lamentar o fato da ilha como um território e exigir um cessar-fogo na guerra entre Israel e o Hamas. "Consideramos a presença deles desrespeitosa", disse Joselyn Velazquez, porta-voz do protesto, enquanto um grupo que a cercava agitava bandeiras palestinas. Perto dali, outro grupo pisoteou e queimou bandeiras dos EUA.

Visita polêmica

Harris viajou a Porto Rico para promover a ajuda federal contínua ao território após o devastador furacão Maria em 2017 e para participar de um evento de campanha de arrecadação de fundos, o que gerou controvérsia, pois, de acordo com relatos da mídia, os participantes foram solicitados a doar entre US$ 25.000 a US$ 100.000.

Embora os porto-riquenhos não possam votar nas eleições presidenciais, apesar de serem cidadãos americanos, a influência de sua diáspora é significativa em estados importantes como a Flórida.