
Rússia condena as ações de Israel contra o Irã e alerta sobre as consequências

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia condenou veementemente os ataques israelenses de quinta-feira à noite em território iraniano, dizendo que eles foram realizados "em violação à Carta da ONU e às normas do direito internacional".
O ministério declarou que "ataques militares não provocados contra um estado-membro soberano da ONU, seus cidadãos, cidades pacíficas adormecidas e instalações de infraestrutura nuclear e energética são categoricamente inaceitáveis". Em sua opinião, a comunidade internacional não pode permanecer indiferente a essas "atrocidades que destroem a paz e prejudicam a segurança regional e internacional".

A Chancelaria russa enfatizou que os bombardeios ocorreram no meio de uma reunião da Junta de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e na véspera de outra rodada de negociações indiretas entre o Irã e os EUA. Como resultado, os esforços multilaterais "destinados a diminuir a escalada do confronto e a buscar soluções que eliminassem qualquer suspeita e preconceito em relação ao programa nuclear pacífico do Irã" foram prejudicados.
Israel optou por aumentar as tensões
De acordo com a declaração do ministério, Israel tomou "uma decisão consciente em favor de uma escalada ainda maior das tensões e do aumento dos riscos".
"A responsabilidade por todas as consequências dessa provocação recairá sobre a liderança israelense."
⚡️ Israel CONFIRMA ATAQUE contra Irã e espera resposta 'SIGNIFICATIVA'#AGORA: https://t.co/OIIS25fUfGpic.twitter.com/OeeLjYsln7
— RT Brasil (@rtnoticias_br) June 13, 2025
Nesse contexto, o ministério afirmou que espera que a AIEA realize uma análise completa dos ataques e das "possíveis consequências radiológicas".
Ao mesmo tempo, a declaração enfatizou que a resolução da situação sobre o programa nuclear do Irã não tem solução militar e "só pode ser alcançada por meios pacíficos, políticos e diplomáticos".
"Pedimos que as partes [ajam com] moderação para evitar uma nova escalada de tensão e que a região seja arrastada para uma guerra em grande escala."
