Na madrugada desta sexta-feira (horário local), o Comando da Frente Interna do exército israelense emitiu um alerta à população sobre a possibilidade de um ataque massivo de mísseis provenientes do leste, com origem no Iêmen. A ameaça estaria ligada ao grupo Houthi, apoiado pelo Irã, segundo informações divulgadas pelo jornal Times of Israel.
O ataque seria uma retaliação após Israel iniciar um bombardeio contra o Irã.
Diante do risco, as autoridades reforçaram as medidas de defesa civil, incluindo o acionamento de sirenes, atualizações por aplicativos móveis e orientações para que a população saiba como buscar abrigo em caso de emergência. A movimentação indica um estado de prontidão elevado por parte de Israel diante da crescente tensão regional.
O oficial do comando,Tzvika Tessler, disse que há a possibilidade de lançamentos de "mísseis pesados", com alcance suficiente para atingir qualquer ponto do território israelense.
A advertência emitida pelas autoridades israelenses é considerada uma das mais graves do ano, segundo a imprensa local. O alerta surge poucos dias após a Marinha de Israel bombardear o porto de Hodeidah, no Iêmen, controlado pelos rebeldes Houthi, em uma ação que ampliou as tensões no já instável cenário regional.
EUA nega envolvimento
O Secretário de Estado, Marco Rubio, negou que os Estados Unidos tenham qualquer envolvimento no ataque coordenado ao país persa.
"Esta noite, Israel tomou uma ação unilateral contra o Irã. Não estamos envolvidos em ataques contra o Irã e nossa maior prioridade é proteger as forças americanas na região", disse em comunicado divulgado pela Casa Branca.
Marco cita que "Israel nos informou que acredita que essa ação foi necessária para sua autodefesa".
Ele deixa bem claro que o "Irã não deve ter como alvo interesses ou pessoal dos EUA".
O governo Trump afirma ter adotado todas as medidas necessárias para proteger as tropas americanas e mantém contato direto com aliados na região.
Ameaça israelense
O novo alerta ocorre em paralelo a uma escalada nas ameaças entre Israel e Irã. O governo israelense declarou que está preparado para uma ofensiva direta caso Teerã rejeite a proposta norte-americana que prevê severas restrições ao seu programa nuclear.
Em maio, os Houthis haviam disparado um míssil balístico em direção a Israel, atingindo áreas próximas ao aeroporto de Tel Aviv. O ataque feriu civis e levou à suspensão temporária de voos na principal porta de entrada do país.