EXCLUSIVO: Thiago Ávila embarca de volta ao Brasil e deve chegar a São Paulo nesta sexta

Após dias de silêncio, isolamento e ameaças relatadas por sua defesa, o ativista brasileiro Thiago Ávila embarcou de volta ao Brasil nesta quinta-feira, após ser detido por Israel durante missão humanitária da Freedom Flotilla Coalition rumo à Faixa de Gaza.

A informação foi confirmada com exclusividade à RT Brasil por sua esposa, Lara de Souza que está a caminho de São Paulo, ao lado da filha de um ano do casal, para recebê-lo.

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"O Tiago está vindo, sim. Agora já é uma informação confirmada. A gente já recebeu a confirmação da embaixada, de que ele embarcou no voo, ele vai primeiro fazer uma escala e depois ele chega em São Paulo amanhã de manhã. Ele chega em São Paulo às 6h40 da manhã, de amanhã".

A família deve permanecer na cidade por alguns dias, durante os quais Thiago concederá entrevistas à imprensa. Uma coletiva está sendo organizada com o apoio do pai do ativista.

Antes da confirmação, a incerteza marcou o início do dia da família, como relatou Lara em uma declaração oficial à RT Brasil:

"Recebi a notícia agora há pouco, na verdade foi bastante ansiogênico [causou ansiedade] porque a gente recebeu uma notícia hoje bem cedo de que ele estaria indo para o aeroporto, mas não tinha confirmação, a embaixada não conseguiu nenhum contato com ele. Então, a gente estava numa incerteza do que ia acontecer, se realmente ele embarcaria hoje", afirmou Lara.

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"A embaixada foi proibida de vê-lo pessoalmente, a advogada também. Então, até o horário do voo a embaixada não tinha certeza se ele tinha embarcado. Eu estava muito nervosa", acrescentou.

"Mas, felizmente, um pouco depois do horário previsto para o avião decolar, a advogada dele me mandou uma mensagem falando que ele estava no avião, confirmando que ele tinha embarcado. E pouco depois a embaixada também me mandou essa mensagem confirmando que ele estava no avião previsto. E aí é só alívio e muita alegria", finalizou a esposa do ativista.

A chegada de Thiago ao Brasil ocorre após uma série de denúncias da família e da defesa: falta de contato direto, ameaça de ser mantido em solitária por sete dias, greve de fome e recusa a assinar documentos de deportação que implicariam em confissão de culpa. O ativista foi preso após a interceptação da embarcação Madleen Liberty pela Marinha israelense em águas internacionais.

A RT Brasil acompanhará a chegada do ativista ao país e trará mais informações sobre os desdobramentos.