Uma nova onda de protestos contra as políticas migratórias do governo Donald Trump começou no último sábado (7) em Los Angeles e já se espalha por diversas cidades do país, com manifestações organizadas por sindicatos, grupos de direitos civis e cidadãos comuns, especialmente contra as ações do ICE (Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas na sigla em inglês). A expectativa é que os atos ganhem força nos próximos dias, culminando no próximo sábado (14), quando está previsto um desfile militar promovido por Trump em Washington D.C.
De acordo com a AP, as manifestações têm sido registradas em várias partes da Califórnia, como São Francisco e Santa Ana, além de outras regiões da Costa Oeste como Seattle, no estado de Washington. As críticas se concentram principalmente nas batidas e deportações promovidas pelo governo federal consideradas arbitrárias por manifestantes e organizações de direitos humanos.
Apesar do caráter majoritariamente pacífico dos atos, alguns protestos terminaram em confrontos com a polícia. Em Austin, no Texas, quatro policiais ficaram feridos durante uma noite de distúrbios e depredações. Na vizinha Dallas, uma manifestação que começou de forma tranquila acabou com o uso de gás de pimenta e bombas de fumaça após alguns participantes lançarem objetos contra viaturas policiais.
Na cidade de Denver, no Colorado, manifestantes se reuniram em frente ao Capitólio estadual e bloquearam o tráfego em duas avenidas, o que levou à intervenção das forças de segurança. Em Chicago, uma mobilização que começou em frente ao tribunal de imigração reuniu cerca de mil pessoas até o fim da tarde da terça-feira. Embora o ato tenha ocorrido em relativa calma, houve registros de confrontos isolados e detenções.
Cidades da Costa Leste também aderiram à onda de protestos. Boston, Nova York e Filadélfia registraram manifestações que reuniram centenas de pessoas. Em Washington D.C., os sindicatos já organizam grandes mobilizações para o dia do desfile militar, em protesto contra as políticas de deportação em massa e a atuação do ICE.
Com atos programados para os próximos dias em diferentes estados, será mantida a pressão sobre o governo em um momento em que cresce a oposição pública às medidas migratórias e à militarização da resposta federal às manifestações.