Governo dos EUA enviará 700 fuzileiros navais a Los Angeles em resposta a protestos

O Comando Norte das Forças Armadas dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (9) que enviará aproximadamente 700 fuzileiros navais para a região metropolitana de Los Angeles.

A medida visa reforçar a segurança durante os protestos que começaram no última sexta-feira (6), motivados pela política de imigração do presidente Donald Trump.

"O Comando Norte dos EUA ativou o batalhão de fuzileiros navais que foi colocado em estado de prontidão no fim de semana. Aproximadamente 700 fuzileiros navais do 2º Batalhão, 7º Regimento de Fuzileiros Navais, 1ª Divisão de Fuzileiros Navais se integrarão perfeitamente às forças do Título 10 da Força-Tarefa 51, que está protegendo funcionários e propriedades federais na região metropolitana de Los Angeles", afirma o comunicado.

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Os protestos têm sido marcados por episódios de violência, incluindo incêndios em veículos, ataques a militares, saques e ações repressivas por parte da polícia. Em resposta, Trump ordenou no último domingo (8) o envio de 2 mil soldados da Guarda Nacional para conter os distúrbios, mesmo sem o apoio do governador da Califórnia, Gavin Newsom.

O governadorcriticou duramente a ação, classificando como ilegal e uma violação da "soberania do estado", além de anunciar que entrará com uma ação judicial contra o governo federal para a retirada das tropas.

Já Trump voltou a fazer declarações contundentes nas redes sociais, prometendo respostas severas contra os manifestantes e culpando Newsom pelos tumultos.

Em meio à escalada, Tom Homan, ex-diretor interino do Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE), conhecido como "czar da fronteira", alertou que as operações de fiscalização continuarão e insinuou que autoridades estaduais e municipais que tentem impedir as ações dos agentes poderão ser responsabilizadas criminalmente. Newsom respondeu ao desafio afirmando estar pronto para enfrentar qualquer tentativa de detê-lo.