EUA estudam formas de manter a presença militar em um país africano
Washington não recebeu uma solicitação formal do Governo do Níger para que suas tropas deixem o país africano, disse Celeste Wallander, subsecretária de Defesa dos EUA para Assuntos de Segurança Internacional, ao Comitê de Serviços Armados da Câmara na quinta-feira, noticiou a AP.
Segundo a autoridade sênior, o Conselho Nacional de Defesa da Pátria (CNSP), que atualmente governa o Níger, garantiu que "as forças militares dos EUA estão protegidas e não tomarão nenhuma medida que as coloque em perigo".
No entanto, Wallander reconheceu que o Pentágono recebeu sinais contraditórios sobre o fato de as centenas de tropas norte-americanas destacadas no país não serem mais bem-vindas.
Cerca de 650 soldados norte-americanos e várias centenas de outras equipes de apoio permanecem no Níger, que foi um importante centro de operações antiterrorismo no passado. Nesse contexto, o vice-secretário de Defesa declarou que os EUA continuam explorando formas de conduzir operações contra organizações extremistas violentas na região.
No sábado passado, o Governo nigerino anunciou o cancelamento de um acordo com Washington que permitia que o Exército dos EUA mantivesse uma presença militar na nação africana. A declaração foi feita apenas um dia depois que uma delegação dos EUA, liderada pela secretária de Estado Assistente para Assuntos Africanos, Molly Phee, que passou três dias no Níger, deixou o país.