Notícias

Homem que bateu em bebê achando que era 'reborn' já está em liberdade após fiança

Justiça considerou lesão leve e determinou pagamento de R$ 4,5 mil e monitoramento por três meses.
Homem que bateu em bebê achando que era 'reborn' já está em liberdade após fiançaGettyimages.ru / Jodie Griggs

A Justiça de Minas Gerais decidiu liberar, mediante fiança, o homem que agrediu um bebê de quatro meses ao confundi-lo com uma boneca hiper-realista do tipo "reborn" em Belo Horizonte (MG).

O episódio ocorreu na noite da última quinta-feira (5) na região da Savassi, e foi registrado por câmeras de segurança.

Segundo a decisão, assinada pela juíza Maria Beatriz Fonseca da Costa Biasutti Silva, da Central de Audiência de Custódia da comarca de Belo Horizonte, o caso foi enquadrado como lesão corporal leve.

Como a pena máxima prevista para o crime é inferior a quatro anos, não havia requisitos legais para manter a prisão preventiva.

O agressor, identificado como Filipe Martins Cruz, de 36 anos, foi solto após pagar fiança de três salários mínimos, o equivalente a R$ 4,5 mil. Ele também deverá cumprir medidas cautelares, como comparecimento regular ao Fórum e atualização de endereço pelos próximos três meses.

A decisão poderá ser revista caso o hospital que atendeu o bebê, encaminhado ao Hospital João XXIII com hematoma na cabeça, informe lesão de maior gravidade. Até o momento, não houve resposta ao ofício da Justiça solicitando detalhes sobre o estado clínico da vítima.

Como aconteceu?

Segundo relatos da mãe, de 25 anos, ela estava com a família em um estabelecimento de comida quando o homem se aproximou do carrinho de forma amistosa, iniciou uma conversa e perguntou se o bebê era "de verdade".

Mesmo após o pai afirmar que se tratava de uma criança real, o agressor não se convenceu. Ele então deu um tapa na cabeça do bebê, que estava no colo da mãe. O impacto causou inchaço na região da orelha. Ele disse acreditar que o casal estava utilizando "um boneco para cortar fila". 

Populares que estavam na fila de um comércio intervieram e contiveram o homem até a chegada da Polícia Militar. Aos policiais, ele afirmou ter consumido bebida alcoólica momentos antes da agressão, mas negou o uso de medicamentos controlados. Segundo o boletim de ocorrência, suas falas e ações indicavam "sobriedade".

O suspeito está sendo representado pela Defensoria Pública.