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Lula menciona Neymar para defender acordo UE-Mercosul em Paris

Durante o Fórum Empresarial Brasil-França, o presidente brasileiro comparou o sucesso da equipe Paris Saint-Germain (PSG) à importância da cooperação no comércio internacional.
Lula menciona Neymar para defender acordo UE-Mercosul em ParisRicardo Stuckert / PR

Em discurso durante o Fórum Empresarial Brasil-França, realizado nesta sexta-feira (6) em Paris, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recorreu ao futebol para ilustrar a importância do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE). Lula destacou a vitória recente do Paris Saint-Germain (PSG) na Liga dos Campeões e usou o exemplo do jogador Neymar para reforçar a ideia de que "conjunto vale mais".

Para o presidente, o sucesso no futebol assim como na política não depende apenas de grandes nomes, mas da união e da força coletiva.

"A vitória do PSG, eu disse para o presidente Macron: 'Ela nos ensina na política'. Não existe saída mágica, individual. Lembro quando o PSG contratou de uma vez só o Messi, já tinha o Mbappé, contratou o Neymar, para ser campeão da Champions. E não foi. Esse time do PSG que foi campeão da Champions, os 11 jogadores juntos ganham menos do que ganhavam Mbappé, Messi e Neymar. Uma demonstração de que, no futebol e na política, o conjunto vale muito mais do que a fama individual", declarou Lula.

O petista também enfatizou a complementaridade entre as agriculturas brasileira e francesa, defendendo que a cooperação entre os dois países pode gerar benefícios mútuos. Para ele, apesar dos entraves, é possível avançar na ratificação do acordo por meio do diálogo.

"Eu disse ao presidente Macron: se colocarmos os agricultores franceses junto dos brasileiros, vai ter uma descoberta extraordinária. Eles vão descobrir que nossas agriculturas são complementares. Uma não prejudica a outra", defendeu Lula durante a coletiva.

O presidente destacou ainda que o pacto, que abrange 722 milhões de pessoas e movimenta cerca de US$ 22 trilhões, envia um sinal claro contra o protecionismo e a favor do livre comércio. Para minimizar resistências, ele argumentou que o acordo não representa uma "ameaça significativa" aos produtores europeus e reforçou a necessidade de cooperação mútua para encontrar caminhos viáveis.