
China tem aumento impressionante em importações de soja do Brasil, que passam a ser 74% do total - SCMP

As importações de grãos de soja brasileiros na China registraram um aumento significativo, segundo dados recentes do jornal South China Morning Post. De acordo com o veículo, o Brasil respondia por 46% das importações de janeiro a novembro de 2016. Já no mesmo período em 2024, o país latino-americano respondia por 74%.
Ao mesmo tempo, os Estados Unidos registraram uma grande queda proporcional. Washington, que costumava a responder por 40% em 2016, passou a responder por 18% em 2024.
Durante o primeiro mandato de Trump, que se estendeu de 2017 a 2021 e foi marcado pelas tradicionais medidas protecionistas, a China começou a se preparar para mitigar o impacto potencial sobre seus produtos agrícolas, garantindo a segurança alimentar da população.

Essa tendência se intensificou durante sua terceira campanha presidencial, levando analistas a especularem sobre uma possível ruptura total entre Pequim e Washington no comércio de soja. À época, postulava-se que o gigante asiático poderia passar a depender exclusivamente dos grãos de soja brasileiros.
Líder mundial da produção de soja?
Os dados são divulgados paralelamente à previsão do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que especula que o Brasil deve assumir a liderança mundial na produção de soja no biênio 2024/2025, com uma estimativa de 169 milhões de toneladas da commodity.
O levantamento integra o relatório Wasde (Estimativas de Oferta e Demanda Agrícola Mundial, na sigla em inglês), elaborado com base em imagens de satélite, relatórios de campo e análises técnicas sobre as condições produtivas dos países.
As projeções do Wasde são utilizadas globalmente como referência para o mercado de commodities e ajudam a definir expectativas de preço e investimento.

