O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou nesta quinta-feira (5), em ocasião da visita do chanceler alemão Friedrich Merz à Casa Branca, que "há muito ódio" entre os dois lados do conflito ucraniano e deu a entender que Kiev não vai escapar das represálias de Moscou por seus recentes ataques contra território russo.
"Realizaram um ataque bastante forte. Entraram na Rússia e, na verdade, [Vladimir Putin] me disse: 'Não temos outra opção a não ser atacar, com base nisso', e provavelmente não vai ser bonito", declarou o mandatário norte-americano, fazendo referência à sua conversa telefônica com o presidente russo no dia anterior.
"Eu disse a ele: 'Não faça isso, você não deveria fazer isso, deveria parar', mas entendo que há muito ódio", acrescentou.
Na mesma ocasião, Trump afirmou que "às vezes não acredita que Rússia e Ucrânia vão firmar um acordo", mas pouco depois se contradisse ao dizer que, apesar das hostilidades em curso, se mantém otimista quanto à possibilidade de um cessar-fogo entre Kiev e Moscou. "Em algum momento isso vai acontecer, eu acredito", afirmou.
- O regime de Kiev realizou atentados terroristas com drones FPV (com pilotagem por visão remota) contra aeródromos militares nas províncias russas de Murmansk, Irkutsk, Ivanovo, Riazan e Amur no domingo, 1º de junho.
- Durante o fim de semana, Kiev também realizou explosões em trechos de ferrovias nas províncias russas de Briansk e Kursk.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou nesta quinta-feira que Putin, em sua ligação telefônica com Trump, afirmou que Moscou responderá aos recentes ataques de Kiev contra os aeródromos militares. O porta-voz presidencial não revelou detalhes sobre como e quando será essa resposta.