
Lula condena ações de Israel contra Gaza: 'genocídio premeditado'

Em uma coletiva de imprensa em Paris com o presidente da França, Emmanuel Macron, nesta quinta-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância de garantir o direito de viver a população palestina, chamando de "um genocídio premeditado" a guerra travada pelo Israel na Faixa de Gaza.
"Não pode a ONU ficar dizendo de um cessar-fogo e não se respeita o cessar-fogo", disse Lula, alegando que "não é possível a gente aceitar uma guerra que não existe, enfim, um genocídio premeditado".
❗️🇧🇷 #Lula condena ações de #Israel em Gaza: "genocídio premeditado"O presidente brasileiro cobrou a comunidade internacional a "dar um basta". pic.twitter.com/ZFHy6l1UCg
— RT Brasil (@rtnoticias_br) June 5, 2025
Ele afirmou que a mesma ONU que teve autoridade para criar o Estado de Israel tem que ter autoridade para preservar a área demarcada em 1967.
Lula destacou que é necessário garantir o direito à vida do povo palestino em harmonia com o Estado de Israel e que é importante que as potências mundiais acabem logo com o conflito.
Ele lembrou que no mês passado foram mortos dois funcionários da embaixada de Israel nos EUA, mas "no mesmo dia duas crianças carregando um saco de farinha foram mortas".
"E não houve a solidariedade que houve aos dois que foram mortos na embaixada. Ou seja, nós não podemos tratar os palestinos como se eles fossem cidadãos de segunda categoria ou de terceira categoria. São seres humanos que querem viver como nós", afirmou o presidente brasileiro.
Críticas ao governo de Israel

Recentemente, o presidente do Brasil reforçou suas críticas ao governo de Israel. Em uma conversa com a imprensa na terça-feira (3), Lula respondia à pergunta de uma jornalista sobre sua reação à embaixada israelense, que escreveu que "comprar mentiras" do Hamas alimentariam o "antissemitismo" no mundo.
A nota da embaixada, sem citar nomes, foi divulgada após declarações do presidente brasileiro durante o fim de semana, afirmando que o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, age com "vingança" contra os palestinos.
"Um presidente da República não responde a uma embaixada. Um presidente da República reafirma o que diz. O que está acontecendo em Gaza não é uma guerra. É um exército matando mulheres e crianças", manifestou o presidente.
