
Presidente de Portugal agarra pescoço de manifestante pró-Palestina durante evento
Durante a inauguração da Feira do Livro de Lisboa nesta quarta-feira (4), o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, protagonizou um episódio que gerou controvérsia e repercussão nas redes sociais. Ao ser abordado por uma manifestante pró-Palestina, que carregava um cartaz denunciando as ações israelenses na Faixa de Gaza, o chefe de Estado a segurou pelo pescoço, momento em que ela pediu: "Não me agarre no pescoço".
Marcelo agarra pescoço de uma manifestante pró-Palestina.Não consigo parar de rir 😂Isto é ridículo. pic.twitter.com/dsNgPW8SfM
— Cláudia Teixeira (@claudiaaict) June 4, 2025
A ativista exibia um cartaz com os dizeres "Há genocídio na Palestina" e fez um apelo à população para participar de outro protesto programado para o mesmo dia.
"É preciso fazer muito mais, o Presidente não fez nada, o primeiro-ministro não faz nada. Vai haver uma manifestação hoje, às 18h, no Largo de Camões e peço a todas as pessoas que se importam e que se importam com crianças que apareçam, por favor. É muito importante", declarou.
Logo após o desabafo, o presidente se aproximou da mulher, segurando-a pelo pescoço e pedindo que ela o escutasse.
"Eu ouvi, tem que me ouvir", disse Marcelo, mantendo a mão no pescoço da manifestante.

Ao fim do episódio, já sem a presença da ativista, Marcelo comentou o caso e defendeu a posição de Portugal em relação ao conflito no Oriente Médio, afirmando que o país tem apoiado a causa palestina nas votações das Nações Unidas.
"Portugal, pela primeira vez, mudou o sentido de voto nas Nações Unidas e votou a favor de a Palestina ser membro de pleno direito, como qualquer Estado", afirmou.
O presidente acrescentou que o governo português avalia, junto a outros países europeus, uma atuação coordenada sobre o tema.
"Portugal já disse, várias vezes, por meio do Presidente da República, do primeiro-ministro e do ministro dos Negócios Estrangeiros, que está, em conjunto com outros Estados europeus, estudando e avaliando uma atitude conjunta sobre essa matéria", concluiu.
