'Exército matando mulheres e crianças': Lula condena ações de Israel em Gaza

O presidente brasileiro reforçou suas discordâncias com o governo de Israel, acusando-o de agir com "vitimismo" em relação às alegações de "antissemitismo" pelas críticas das atitudes de militares do país judeu em território palestino.

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, reforçou suas críticas ao governo de Israel nesta terça-feira em conversa com a imprensa.

Lula respondia à pergunta de uma jornalista sobre sua reação à embaixada israelense, que escreveu que "comprar mentiras" do Hamas alimentariam o "antissemitismo" no mundo. A nota da embaixada, sem citar nomes, foi divulgada após declarações do presidente brasileiro durante o fim de semana, afirmando que o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, age com "vingança" contra os palestinos.

"Um presidente da República não responde a uma embaixada. Um presidente da República reafirma o que diz. O que está acontecendo em Gaza não é uma guerra. É um exército matando mulheres e crianças", disparou o presidente.

Lula também apontou que o governo israelense age com "vitimismo" quando aponta que críticas contra as ações dos militares do país judeu em território palestino são "antissemitas".

"Precisa parar com esse vitimismo. O que está acontecendo na Faixa de Gaza é um genocídio. É a morte de mulheres e crianças que não estão participando de guerra", acrescentou.

Atritos com o governo de Israel

O presidente do Brasil tem reiterado suas críticas às atitudes dos militares das Forças de Defesa de Israel (IDF) na Faixa de Gaza.

Em mais de uma ocasião, Lula classificou como "genocídio" a situação humanitária no território palestino. 

Em fevereiro de 2024, o presidente brasileiro foi declarado persona non grata pelo governo israelense, ao classificar como genocidas as ações de Tel Aviv na Faixa de Gaza e compará-las às ações de Adolf Hitler.