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País africano firma acordo com Rússia para construir refinaria de ouro de última geração

O projeto, com início previsto para o segundo semestre, visa aumentar receitas locais e reduzir dependência de empresas estrangeiras no refino do metal precioso.
País africano firma acordo com Rússia para construir refinaria de ouro de última geraçãoGettyimages.ru / Patrick Durand

A República do Mali firmou parceria com a Rússia para a construção de uma refinaria de ouro de última geração na capital, Bamako, informou na segunda-feira (2) o The Voice of Africa.

Segundo o veículo, a cooperação entre o governo de transição do país africano e empresas russas é uma medida estratégica "para exercer um maior controle" sobre o "recurso natural mais valioso" do Mali.

Detalhes da parceria

O início da construção está marcado para o segundo semestre de 2025 e deve durar entre 18 e 24 meses.

Prevê-se que a refinaria tenha capacidade para refinar mais de 200 toneladas de ouro por ano, tornando-se uma potência regional no processamento desse metal.

A mídia também informa que a planta será equipada com tecnologia de ponta, incluindo fundição avançada, laboratórios de análise e câmaras fortes seguras para armazenamento e exportação.

Mais vantagens para africanos

O Mali se posiciona como o quarto maior produtor de ouro na África, com exportação anual superior a 70 toneladas.

No entanto, historicamente, grande parte dessa produção tem sido refinada por empresas estrangeiras e enviada ao exterior, principalmente de nações ocidentais, razão pela qual o Mali tem se beneficiado pouco do valor real de suas reservas de ouro, explica o veículo de mídia The Voice of Africa.

Segundo o veículo, a refinaria ajudará a agregar valor ao ouro antes da exportação, aumentar as receitas do Estado e potencializar a mão de obra local.

Se atingir seus objetivos, a refinaria poderá se tornar referência para outras nações africanas que buscam melhorar sua posição na cadeia de valor da mineração.

O veículo acrescenta que países vizinhos como Burkina Faso, Níger e Guiné, importantes produtores de ouro, poderão observar o modelo do Mali e reconsiderar suas próprias táticas para exportar o precioso metal.