
Rússia: nenhuma criança foi sequestrada, há crianças salvas por nossos soldados

O chefe da delegação russa, Vladimir Medinsky, acusou nesta segunda-feira (2) o regime de Kiev de transformar em "espetáculo" para os europeus a alegação de que o Exército russo teria "sequestrado crianças" ucranianas durante os confrontos armados.
Segundo ele, a questão tem sido o foco das negociações realizadas no dia de hoje em Istambul. Medinski afirmou que a delegação russa recebeu da Ucrânia uma lista com 339 nomes de crianças cuja devolução foi solicitada.

"Na realidade, são dezenas de crianças, são crianças que não foram sequestradas por ninguém. Não há uma única criança sequestrada. São crianças salvas por nossos soldados à custa de suas próprias vidas, retiradas de zonas de combate em risco, evacuadas, e estamos procurando por seus pais", disse Medinski. "Se os pais aparecerem, nós os devolveremos", afirmou.
O representante russo disse ainda que cada caso será verificado individualmente. Ele informou que a Rússia sempre analisa as solicitações e, até o momento, já devolveu 101 crianças.
Segundo ele, o lado ucraniano devolveu 22 crianças russas que haviam sido capturadas por tropas da Ucrânia.
"Assim que eles encontram os pais, assim que encontram os representantes legais — tias, avós, avôs — a reunificação ocorre imediatamente", afirmou o negociador.
Medinsky criticou também a enorme oscilação nos números apresentados por Kiev sobre crianças supostamente desaparecidas. Segundo ele, o regime ucraniano já reduziu a estimativa de 1,5 milhão para 200 mil e, mais recentemente, para 20 mil.
Mesmo assim, afirmou, Moscou nunca havia recebido uma lista com esse volume, e que só agora obteve uma com 339 nomes.
"Ainda temos que descobrir quantos desta lista completa de 339 nomes estão de fato na Rússia e quantos deles podem estar no território de Donbass e Novorossiya e nunca desapareceram. Alguém pode ter ido para a Europa, porque recentemente 150 crianças de uma lista semelhante estavam na Alemanha, mas as alegações foram dirigidas contra a Rússia", declarou.
