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Greta Thunberg desafia bloqueio israelense e parte para Gaza em navio de ajuda humanitária

"Não importa o quão perigosa seja esta missão, ela não é nem de perto tão perigosa quanto o silêncio do mundo inteiro diante deste genocídio transmitido ao vivo", afirmou a ativista em coletiva de imprensa antes do embarque.
Greta Thunberg desafia bloqueio israelense e parte para Gaza em navio de ajuda humanitáriaGettyimages.ru / Fabrizio Villa / Stringer

Um grupo de 12 ativistas internacionais, incluindo a sueca Greta Thunberg, zarpou no domingo (1º) do porto de Catania, na Sicília (Itália), a bordo do veleiro Madleen rumo à Palestina.

O objetivo declarado da missão, organizada pela Coalizão Frota da Liberdade (Freedom Flotilla Coalition), é desafiar o "bloqueio ilegal e genocida" da Faixa de Gaza por Israel, e levar ajuda humanitária ao território devastado pela guerra, comunica a nota publicada no site oficial da organização.

Segundo Greta, os ativistas tomaram tal decisão pois "independentemente das adversidades que enfrentamos, temos que continuar tentando".

"Porque o momento em que paramos de tentar é quando perdemos nossa humanidade. E, não importa o quão perigosa seja esta missão, ela não é nem de perto tão perigosa quanto o silêncio do mundo inteiro diante deste genocídio transmitido ao vivo", afirmou a jovem em coletiva de imprensa antes do embarque.

Missão e desafios

O veleiro Madleen, batizado em homenagem à primeira e única pescadora de Gaza em 2014, tentará alcançar a faixa costeira do enclave palestino com o objetivo de entregar ajuda humanitária e aumentar a consciência internacional sobre a crise humanitária em curso na região, segundo os ativistas.

Além da famosa Greta Thunberg, a tripulação também é composta de figuras conhecidas como o ator Liam Cunningham (da série Game of Thrones) e a eurodeputada francesa de origem palestina Rima Hassan, impedida de entrar em Israel devido à sua oposição aos ataques israelenses em Gaza.

A missão enfrenta enormes obstáculos. Embora Israel tenha aliviado ligeiramente seu bloqueio ao enclave palestino em meados de maio após quase três meses, permitindo a entrada de uma quantidade muito limitada de ajuda, agências da ONU e organizações humanitárias alertam que as restrições israelenses, o colapso social e os saques generalizados dificultam em grande medida a entrega de auxílio aos cerca de 2 milhões de palestinos no território, destaca o The Guardian.