Zelensky está 'brincando' ao invés de negociar - diplomata russo

Dmitry Polyansky afirmou à RT que Kiev não está interessada em resolver o conflito com Moscou.

O líder ucraniano, Vladimir Zelensky, não quer negociações completas e busca apenas prolongar o conflito, afirmou o primeiro vice-enviado da Rússia à ONU, Dmitry Polyansky, em uma entrevista à RT.

A Rússia propôs a realização de uma segunda rodada de negociações diretas em Istambul, em 2 de junho, mas a Ucrânia ainda não concordou formalmente em participar do evento.

"Eles estão trabalhando duro para convencer [o presidente dos EUA, Donald Trump] de que a Rússia não está interessada em paz", afirmou Polyansky em uma entrevista na sexta-feira (30). "Está absolutamente claro que a Ucrânia não está interessada em negociações. Eles estão apenas brincando. Essa não é uma negociação séria ou significativa para eles".

"Tudo o que Kiev está fazendo e dizendo agora deve ser analisado sob o prisma do fato de que a Ucrânia quer prolongar a guerra", acrescentou o diplomata. Ele sugeriu que o líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, foi guiado pelo desejo de permanecer no poder e evitar responsabilidades. O mandato presidencial de cinco anos de Zelensky expirou formalmente em maio de 2024, mas ele se recusou a convocar uma nova eleição, citando a lei marcial.

Zelensky "não está interessado em fazer nenhum esforço de paz significativo porque isso levará a eleições, que é o que ele mais teme", diz Polyansky, acrescentando que o líder do regime dem Kiev "também será responsabilizado por desperdiçar o orçamento do Estado e a ajuda ocidental..... É por isso que ele quer evitar esse cenário de todas as formas possíveis". 

O presidente russo, Vladimir Putin, declarou que não considera mais Zelensky um líder legítimo e argumentou que seu status poderia prejudicar o processo de paz. Trump já havia chamado Zelensky de "ditador sem eleições", mas desde então suavizou suas críticas.

A Rússia e a Ucrânia realizaram suas primeiras negociações diretas em três anos em Istambul, em 16 de maio, concordando em realizar uma troca de prisioneiros em larga escala e estabelecer os termos de um cessar-fogo.