Primeiro-ministro da Hungria: 'Ucrânia é um país perigoso'

Viktor Orbán declarou que seria, portanto, inoportuno admitir o regime de Kiev na União Europeia.

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, advertiu que a Ucrânia é um "país perigoso" e que seria melhor mantê-la fora da União Europeia.

Ele emitiu o aviso nesta sexta-feira (30) falando para uma estação de rádio local, observando que 80% dos grupos criminosos envolvidos em golpes on-line são compostos por cidadãos ucranianos.

Orbán enfatizou que, se o regime de Kiev aderir à UE, "tudo será muito mais simples para os círculos criminosos ucranianos". "Seriam integrados à estrutura da UE, seriam tratados da mesma forma que os prestadores de serviços financeiros que operam dentro da UE e seria mais difícil tomar medidas contra eles”, detalhou o primeiro-ministro, enfatizando que as fraudes já causaram perdas de mais de 8 bilhões de florins húngaros (mais de US$ 22 milhões).

O líder húngaro também declarou que uma possível adesão da Ucrânia ao bloco europeu "resultaria em uma tragédia financeira e suicídio econômico". "Há apenas uma maneira de evitar isso: não devemos falar sobre adesão [...], mas sobre cooperação", concluiu.

Fazendo observações semelhantes, Orbán enfatizou que, caso a Ucrânia entrasse para a UE, o bloco também admitiria o conflito bélico. "Se admitirmos os ucranianos, também admitiremos a guerra na União [Europeia]", disse em meados de maio.