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Scholz acredita que as rendas do dinheiro russo congelado não pertencem a ninguém

Chanceler alemão expressou sua opinião de que esses benefícios "devem, obviamente, ser usados principalmente para permitir a aquisição de armas e munições de que a Ucrânia precisa para sua luta defensiva".
Scholz acredita que as rendas do dinheiro russo congelado não pertencem a ninguémGettyimages.ru / Pier Marco Tacca

O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, no primeiro dia da cúpula da União Europeia (UE), em Bruxelas, continuou a defender o uso dos recursos dos ativos congelados do Banco Central da Rússia para fornecer assistência militar à Ucrânia.

"Em um futuro próximo, os recursos dos ativos congelados da Rússia terão que ser usados. Estamos falando de rendas que podem ser usadas porque não pertencem a ninguém e, portanto, podem ser usadas pela UE", declarou antes da reunião.

O mandatário alemão expressou a opinião de que esses recursos "devem, é claro, ser usados principalmente para permitir a compra de armas e munições de que a Ucrânia precisa para sua luta defensiva".

A mesma ideia já havia sido anunciada por Scholz na semana passada, após sua reunião em Berlim com o presidente da França, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro polonês Donald Tusk, e foi apoiada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

No entanto, vários países da UE se opõem ao uso do dinheiro gerado pelos ativos congelados do Banco Central da Rússia para comprar armas para Kiev. De acordo com o jornal Politico, Malta, Luxemburgo e Hungria expressaram reservas sobre essa possibilidade.

  • Em 2022, a UE, os EUA, o Japão e o Canadá congelaram cerca de US$ 300 bilhões em ativos do Banco Central russo em resposta à operação militar especial de Moscou na Ucrânia.
  • Cerca de US$ 200 bilhões desses fundos são mantidos na Europa, principalmente no depositário belga Euroclear.
  • O Kremlin advertiu repetidamente que uma apreensão de ativos russos em favor da Ucrânia seria "um roubo realmente direto".