
Professora tcheca é condenada à prisão por criticar cobertura da mídia sobre conflito ucraniano

Um Tribunal Distrital de Praga condenou a professora Martina Bednarzhova a sete meses de prisão com pena suspensa e período de liberdade condicional de 20 meses por declarações sobre a Ucrânia, informou o portal Česká justice na quinta-feira (29).
O caso teve início na primavera de 2022. Durante uma aula em uma escola primária em Praga, Bednarzhova classificou as ações da operação especial russa como "uma maneira justificada de lidar com a situação" e questionou a cobertura jornalística da televisão tcheca.

A professora também mencionou grupos nazistas ucranianos que, segundo ela, estão "matando russos desde 2014", segundo a reportagem.
De acordo com o portal, o caso foi arquivado duas vezes pelo Tribunal Distrital, mas a Suprema Corte anulou as decisões e determinou a reabertura do processo.
O tribunal concluiu que Bednarzhova "abusou" de sua posição como educadora ao apresentar às crianças uma "interpretação enganosa" da situação.
A professora, de 30 anos, foi demitida após o episódio, e a Justiça confirmou que sua conduta violou a Lei da Educação, as normas internas da escola e o Código do Trabalho.
Bednarzhova afirmou que mantém as opiniões que expressou e classificou o julgamento como "politicamente motivado".
